segunda-feira, 23 de março de 2015

Passei o marca texto no Culturelab.

 Mais um feedback, desta vez da Bruna Machado que trabalha com pesquisa de moda.
Obrigada pelo carinho e pelo abraço imaginário. Você fez a nossa vida muito mais feliz, aposte nisso.
grande abraço, Hilaine e Carol

"Na última sexta e sábado (20 e 21.03) aconteceu o Culturelab, um curso sobre tendências e consumo ministrado pela Hilaine Yaccoub e Carol Althaller. 

Antropóloga do consumo Hilaine falou bastante sobre a sua imersão de 4 anos na favela Barreira do Vasco, as histórias dos moradores da favela vão ilustrando a lógica de consumo dessas pessoas. Um dos pontos que ela destacou foi sobre a economia do compartilhamento, que muitas vezes é apresentada como um conceito novo, mas na visão de Hilaine não passa de uma retomada de hábitos antigos e que representa a dinâmica de relacionamentos da favela. Essas pessoas confiam em suas redes para superar os desafios do dia-a-dia, portanto elas compartilham seus bens materiais, sua habilidades, o cuidados das crianças, etc...  Achei essa visão muito interessante, já que estamos caminhando para uma revisão de formatos de consumo. Esse pensamento veio ao encontro da pesquisa que eu fiz para SAMO que fala sobre rizomas como forma de organização mais horizontal entre as pessoas, o que vi na época da minha pesquisa eram negócios que eram menos hierarquizados, como a Casa Liberdade, a revista Bastião, o Nós VC. Vocês podem ver a minha pesquisa aqui. (quando ouvi a Hilaine falando sobre isso, fiz um YESSS mental, daqueles com bracinho).

Não lembro a formação da Carol, mas acho que pouco importa dentro do contexto. Super moderna e conectada com o que está acontecendo ela falou muita coisa bacana, mas dois pontos eu acho que vale ressaltar.

Ponto 1: O que a Apple, Red Bull, Nike e Starbucks tem em comum???

Você pode pensar em várias coisas, são empresas inovadoras, com força de marca, são líderes nos seus mercados, enfim... a resposta da Carol foi.

ESTRATÉGIAS CULTURAIS. 

Gostei dessa definição, estratégias culturais são coerentes com a marca, não são pontuais, ela vão além de uma campanha , elas permeiam toda a comunicação e por isso precisam ser mais do que uma ideia isolada.

Lembrei de uma vez que o profº João Stringhini comentou à respeito do salto da estratosfera realizado pela Red Bull. Ele disse que qualquer uma das empresas de bebidas líderes de mercado poderia ter patrocinado aquela ação, se fosse pelo $$$, mas só a Red Bull pensou nisso. Acho que fecha com o que a Carol disse, essa é a estratégia cultural, a Red Bull te dá asas, a marca sempre questiona o limite, seja pelo apoio aos esportes radicais como também pelo salto da estratosfera.

Ponto 2: Modismo é um senso de oportunidade.

Acho justo, é isso mesmo. Quem aproveitou a onda do beetlejuice, a saia com duas pontas, a estampa Paisley nas camisas masculinas aproveitou, no próximo segundo já era , já mudou e a vida segue. Talvez a sua empresa seja rápida o suficiente para reagir, talvez não e talvez nem queira ser, basta saber com quem você está falando.

Bom, eu poderia citar mais mil coisas legais que elas apresentaram, mas esse post não pretende ser um resumo do que eu ouvi nesses dois dias, tá longe disso. No geral sai do curso feliz de ter ouvido novas ideias, ter conhecido novas pessoas e almoçado cachorro do Rosário que fazia tempo que eu não comia, brincadeirinha vai..."

Fonte: http://www.brunamachado.net/#!Passei-o-marca-texto-no-Culturelab/cegd/55100c9f0cf22035304c9191