Obrigada pelo carinho e pelo abraço imaginário. Você fez a nossa vida muito mais feliz, aposte nisso.
"Na última sexta e sábado (20 e 21.03) aconteceu o
Culturelab, um curso sobre tendências e consumo ministrado pela Hilaine
Yaccoub e Carol Althaller.
Antropóloga
do consumo Hilaine falou bastante sobre a sua imersão de 4 anos na
favela Barreira do Vasco, as histórias dos moradores da favela vão
ilustrando a lógica de consumo dessas pessoas. Um dos pontos que ela
destacou foi sobre a economia do compartilhamento, que muitas vezes é
apresentada como um conceito novo, mas na visão de Hilaine não passa de
uma retomada de hábitos antigos e que representa a dinâmica de
relacionamentos da favela. Essas pessoas confiam em suas redes para
superar os desafios do dia-a-dia, portanto elas compartilham seus bens
materiais, sua habilidades, o cuidados das crianças, etc... Achei essa
visão muito interessante, já que estamos caminhando para uma revisão de
formatos de consumo. Esse pensamento veio ao encontro da pesquisa que eu
fiz para SAMO que fala sobre rizomas como forma de organização mais
horizontal entre as pessoas, o que vi na época da minha pesquisa eram
negócios que eram menos hierarquizados, como a Casa Liberdade, a revista
Bastião, o Nós VC. Vocês podem ver a minha pesquisa aqui. (quando ouvi a Hilaine falando sobre isso, fiz um YESSS mental, daqueles com bracinho).
Não
lembro a formação da Carol, mas acho que pouco importa dentro do
contexto. Super moderna e conectada com o que está acontecendo ela falou
muita coisa bacana, mas dois pontos eu acho que vale ressaltar.
Ponto 1: O que a Apple, Red Bull, Nike e Starbucks tem em comum???
Você
pode pensar em várias coisas, são empresas inovadoras, com força de
marca, são líderes nos seus mercados, enfim... a resposta da Carol foi.
ESTRATÉGIAS CULTURAIS.
Gostei
dessa definição, estratégias culturais são coerentes com a marca, não
são pontuais, ela vão além de uma campanha , elas permeiam toda a
comunicação e por isso precisam ser mais do que uma ideia isolada.
Lembrei
de uma vez que o profº João Stringhini comentou à respeito do salto da
estratosfera realizado pela Red Bull. Ele disse que qualquer uma das
empresas de bebidas líderes de mercado poderia ter patrocinado aquela
ação, se fosse pelo $$$, mas só a Red Bull pensou nisso. Acho que fecha
com o que a Carol disse, essa é a estratégia cultural, a Red Bull te dá
asas, a marca sempre questiona o limite, seja pelo apoio aos esportes
radicais como também pelo salto da estratosfera.
Ponto 2: Modismo é um senso de oportunidade.
Acho
justo, é isso mesmo. Quem aproveitou a onda do beetlejuice, a saia com
duas pontas, a estampa Paisley nas camisas masculinas aproveitou, no
próximo segundo já era , já mudou e a vida segue. Talvez a sua empresa
seja rápida o suficiente para reagir, talvez não e talvez nem queira
ser, basta saber com quem você está falando.
Bom,
eu poderia citar mais mil coisas legais que elas apresentaram, mas esse
post não pretende ser um resumo do que eu ouvi nesses dois dias, tá
longe disso. No geral sai do curso feliz de ter ouvido novas ideias, ter
conhecido novas pessoas e almoçado cachorro do Rosário que fazia tempo
que eu não comia, brincadeirinha vai..."
Fonte: http://www.brunamachado.net/#!Passei-o-marca-texto-no-Culturelab/cegd/55100c9f0cf22035304c9191